Para quem não quer errar, uma regra que sempre cai bem: beba vinhos doces com comidas doces, e tenha certeza de que o vinho é pelo menos tão doce quanto a comida.
Quem gosta de vinho está sempre experimentando novas combinações, seja com os pratos preparados no dia a dia ou com receitas mais elaboradas, ou mesmo naquele restaurante especial. Mas quem gosta mais ainda de vinho – categoria em que eu me incluo –, está sempre em busca de algo mais no campo das harmonizações.
De vez em quando, ao final de um almoço ou jantar em família, aparece uma barra de chocolate à mesa, que é prontamente consumida com o vinho que está na taça, e que vinha acompanhando a refeição. Seja um vinho tinto leve e frutado, um tinto encorpado, branco ou rosé. Pois é, não há certo ou errado.
De acordo com Natália Cacioli, sommelière da Evino, existe um acompanhamento que pode deixar o chocolate ainda melhor: vinho! Nas suas palavras: “Se separados, vinho e chocolate são deliciosos, por que juntos seria diferente?”
Confira abaixo algumas dicas da sommelière para harmonizações ideais com os mais diversos tipos de chocolate:
Chocolate ao leite
Esse estilo de chocolate mais doce pede também um vinho doce e aromático. O Vinho do Porto – o famoso vinho fortificado português – é uma combinação clássica. Ainda entre os fortificados, outras opções são Banyuls, da França ou Pedro Ximenez, da Espanha. Esses vinhos são feitos com adição de aguardente vínica (daí o nome “fortificado”) e são considerados mais alcoólicos e doces.
Chocolate meio-amargo e amargo
Vinhos doces também harmonizam com essas opções. Mas, com esse tipo de chocolate, menos doce, é possível testar outras possibilidades de harmonização. Vinhos secos como os portugueses do Douro, vinhos com a uva Shiraz ou Merlot, e tintos italianos feitos com o método appassimento (secagem das uvas para adicionar mais sabor e mais açúcar ao vinho) vão garantir uma experiência diferente e muito agradável.
Chocolate branco
Espumantes doces e aromáticos, como Moscatel, além dos chamados vinhos “colheita tardia” – método em que as uvas ficam no pé por mais tempo para desidratar e concentrar açúcares – são ótimas pedidas.
Por fim, listo alguns vinhos que já me acompanharam em várias sobremesas e que, certamente, vão acompanhar bem as suas:
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Clos Guirouilh 2008 – Doux (Jurançon – França)
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Chateau Lafaurie-Peyraguey 2006 (Bommes – França)
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Mas Amiel – Vintage – 2008 (Maury – França)
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Taylor’s – Vinho do Porto – Tawny (Porto – Portugal)
Agradecimento:
Muito obrigada Carol Algaves (Index – Estratégias de Comunicação), pelas boas dicas da Evino (www.evino.com.br).
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